domingo, 27 de abril de 2008

Alerquim


Honra, Soldado e Arlequim
60 x 85 cm

Interferência sobre cartaz com
tinta gráfica e solvente vinílico, 2007

(...) Sem fama e sem vintém,
Amando os vinhos e os baralhos,
Eu, nesta veste de retalhos
Sou tudo quanto te convém.
(Manuel Bandeira. O Descante de Arlequim)

Seu espírito está presente em nós - naquela parte que é brincalhona e irreverente, que vive o dia de hoje, que é criativa e contestadora e sobrevive conforme é possível; como aquela parte mais agressiva que pode agir brutalmente.
Arlequim/soldado é irreverente e irônico em um contexto de guerra urbana que vivemos ou de guerras pelo mundo... Onde está a honra de um soldado vestido de arlequim? A honra justifica as ações? Há honra numa guerra? Sou um soldado que é arlequim ou um arlequim que é soldado? Talvez sobre essas ações humanas Manuel Bandeira possa responder: “Sou tudo quanto te convém”



Arlequins
60 x 85 cm
Interferência sobre cartaz com tinta gráfica, óleo, caneta hidrográfica e solvente vinílico, 2008